A agricultura familiar não produz só alimento, mas trabalho digno e cultura, conserva a biodiversidade e os ecossistemas e produz a paz, porque diminui os conflitos, aponta o engenheiro agrônomo Paulo Petersen, coordenador executivo da Associação para a Agricultura Familiar e Agroecologia (ASPTA). Integrante do Núcleo Executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), ele afirma que a agroecologia é muito mais eficiente que o agronegócio, já que é baseada na compreensão dos ecossistemas, da biodiversidade e das dinâmicas ecológicas locais. Em entrevista à Radis, realizada em Paraty, ele defendeu que é preciso enfrentar o agronegócio, incentivando a adoção da agroecologia como uma prática sustentável, que respeita a diversidade, a ligação das comunidades tradicionais e dos agricultores com o território e que valoriza a forma de se alimentar local.
Por que optar pela proposta agroecológica para a agricultura?
A agroecologia nasce como uma resposta à industrialização dos sistemas agroalimentares e entende que a agricultura, historicamente, foi desenvolvida em conexão com os ecossistemas. Essa é uma prática que bebe da sabedoria popular. Ela procura compreender os ecossistemas, a biodiversidade, as dinâmicas ecológicas locais. É uma agricultura eficiente, economicamente, ao mesmo tempo em que consegue regenerar a capacidade desses ecossistemas de permanecerem férteis. É uma inovação que produz economicamente e reproduz ecologicamente. Nessa prática, quem produz uma semente própria, produz um insumo que vai virar a produção do próximo ano. Não é apenas algo que vai ser consumido e virar renda como no modelo da agricultura industrial.
A entrevista completa você encontra na Radis.
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