Mapeamento de negócios comunitários sustentáveis
Início: 22 de maio de 2018
Fortalecer o ecossistema de negócios florestais e rurais sustentáveis, com olhar especial para o desenvolvimento do potencial econômico das organizações comunitárias – os negócios comunitários sustentáveis – é o objetivo central do Desafio Conexsus.
Estamos em busca de soluções inovadoras, desenvolvidas de maneira compartilhada, em rede, para que esses empreendimentos tornem-se mais estruturados, rentáveis e as cadeias produtivas sejam cada vez mais justas e sustentáveis nos aspectos econômico, ambiental e social. Para tanto, mobilizamos diversos atores e conectamos empreendimentos, organizações de apoio, agentes do mercado, financiadores e investidores.
Cooperativas, associações de produtores, negócios sociais e outras formas associativas de organização comercial que atuam em cadeias produtivas como as de alimentação saudável e sustentável, agrofloresta, sociobiodiversidade e extrativismo, pesca artesanal sustentável, manejo florestal comunitário e turismo de base comunitária compõem os negócios comunitários sustentáveis. Essas organizações geram trabalho e renda para as comunidades e contribuem para a preservação do meio ambiente e da sociobiodiversidade, com o uso sustentável do solo e dos recursos naturais, a preservação das florestas e a valorização dos ativos socioambientais.
O objetivo é fortalecer os ecossistemas de negócios sustentáveis e formar uma rede que contribua para alcançar maiores impactos socioambientais, como a resiliência territorial e a aceleração da transição para uma economia de baixo carbono.
Nossos focos são:
Mapeamento de negócios comunitários sustentáveis
Início: 22 de maio de 2018
Oficinas, entrevistas, visitas de campo e análise de negócios comunitários sustentáveis
de julho a dezembro de 2018
Ciclo de Desenvolvimento de Negócios Comunitários Sustentáveis
de março a outubro de 2019
O desmatamento continua a ser uma grande ameaça ao meio ambiente no Brasil. Entre 2010 e 2016, foram desmatados, em média, 7 mil km² na Amazônia, 10 mil km² no Cerrado e 1,5 mil km² no Pantanal. As consequências são a perda, muitas vezes irreversível, da biodiversidade e dos serviços providos pela natureza, como a preservação da água, a regulação climática, a polinização e o controle natural de pragas, com grandes efeitos negativos sobre a qualidade de vida de todos nós. Para mudar esse quadro é preciso viabilizar e consolidar as atividades econômicas sustentáveis em territórios de alta pressão antrópica, consolidando o potencial econômico do uso sustentável de ativos florestais e da biodiversidade.
No entanto, comunidades e povos tradicionais que têm a produção agroecológica, agroflorestal e extrativista, entre outras, como principais atividades econômicas, costumam sofrer com a baixa agregação e captura de valor dentro das cadeias produtivas.
Por exemplo, no Mato Grosso (MS), povos indígenas que extraem castanha-do-brasil de florestas nativas vendem o produto a cooperativas a R$6/kg. Após o beneficiamento, as castanhas são vendidas a intermediários e empresas por R$50/kg; e o produto chega ao consumidor final com o valor de até R$170/kg.
Contribuir para o desenvolvimento desses empreendimentos comunitários e de cadeias de valor mais justas são formas de melhorar a qualidade de vida dos produtores e extrativistas, fortalecer a resiliência dos territórios que habitam e acelerar a transição para a economia de baixo carbono.
Nesse contexto, nos propomos a fomentar a conexão entre as organizações de apoio ao desenvolvimento socioambiental – já envolvidas com esses empreendimentos comunitários – e o mundo das finanças sociais e negócios de impacto socioambiental.
Para alcançarmos maior abrangência e impacto, buscamos também conhecer melhor esse universo e quais tipos de apoio são necessários para o desenvolvimento desses negócios, com soluções voltadas para a gestão, comercialização e finanças, especialmente com o desenvolvimento de novos veículos e formatos de investimento – que precisam ter também novos modos de operação e adaptações para esses negócios comunitários e suas cadeias produtivas.
Em maio de 2018, iniciamos o mapeamento de negócios comunitários sustentáveis em todo o Brasil. Durante os três primeiros meses, fizemos um esforço de busca ativa e intensiva dessas organizações, com a mobilização de diversos parceiros – que foram fundamentais para esse resultado.
Mais de mil organizações foram mapeadas e suas informações estão disponíveis em um mapa interativo, com diversas possibilidades de busca, segmentação e análise das informações declaradas pelas organizações. O acesso é online, aberto ao público e é possível fazer download de dados e informações.
Essa plataforma traz também uma visualização interativa da Rede do Desafio e do ecossistema de negócios comunitários sustentáveis, com opções de diversos filtros para a análise dos dados e um amplo panorama socioeconômico.
Além de criar uma base de dados qualificada e atualizada para oferecer uma visão panorâmica dos negócios comunitários brasileiros, o objetivo do mapeamento é também servir de base para um portfólio de negócios com potencial para receber investimentos de impacto socioambiental.
O formulário online permanece aberto para organizações que desejam fazer parte da rede. Participe!
Entre os meses de junho e outubro de 2018, realizamos 13 oficinas regionais de negócios comunitários sustentáveis, abrangendo organizações mapeadas pelo Desafio em todos os estados brasileiros.
No total, participaram 260 representantes de cooperativas, associações e outras organizações ligadas à agricultura familiar, agroecologia, agrofloresta e aos povos e comunidades tradicionais. Mais de 60 apoiadores, entre parceiros do Desafio Conexsus e das organizações, estiveram presentes.
Tivemos como objetivos nas oficinas: aprofundar o conhecimento sobre os negócios comunitários sustentáveis e os desafios que enfrentam; abordar conceitos e modelos de desenvolvimento sustentável junto aos participantes e promover novas conexões entre as organizações, além de oportunidades de negócios.
Para tanto, os encontros ofereceram momentos de troca de experiências e aprendizagem entre os participantes, apresentações de exemplos e casos reais, bem como contribuições de especialistas, organizações não governamentais, universidades, governo e outras organizações que atuam no desenvolvimento socioambiental nas diversas regiões brasileiras.
Ao longo de 2019 vamos organizar uma sequência de iniciativas de construção conjunta de soluções para 70 organizações participantes do Desafio, chamada Ciclo de Desenvolvimento de Negócios Comunitários Sustentáveis. Propomos para essa etapa oficinas de modelagem de negócios, uma jornada de aceleração e laboratórios de finanças e de comercialização.
Veja o que prevemos para cada iniciativa:
Workshops presenciais com foco no desenho de modelos de negócios para associações e cooperativas, incluindo também seções remotas de assessoria técnica, para que possam ter um posicionamento mais estratégico nas cadeias produtivas.
Com oficinas presenciais, seminários, assessoria técnica e mentoria, a jornada visa desenvolver, implementar e acompanhar novas soluções em gestão, comercialização e finanças para cerca de 20 empreendimentos comunitários.
Laboratório para desenvolver protótipos financeiros adequados à realidade dos empreendimentos participantes, com a aproximação de agentes financeiros que possuem linhas de crédito e financiamento especiais ou têm interesse em desenvolver modelos de investimento voltados para esse público.
Laboratório que busca compor novos arranjos de comercialização entre negócios comunitários, potenciais fornecedores, empresas e compradores, a partir de rodadas com agentes do varejo, empresas e possibilidades de mercados alternativos. A Conexsus busca engajar compradores de diversos segmentos que estejam interessados em aprofundar suas relações comercias em cadeias produtivas mais sustentáveis.
Conexsus: Somos uma equipe descentralizada e dinâmica de empreendedores sociais e planejadores regionais que trabalham para dinamizar o ecossistema de negócios sustentáveis no Brasil, especialmente na Amazônia.
Good Energies: Na Good Energies Foundation, acreditamos que reverter as mudanças climáticas e aliviar a pobreza andam de mãos dadas.
Pão de Açúcar / Instituto GPA: Tem como propósito contribuir com o despertar da empatia e da consciência individual e coletiva, provocando transformações sociais. Para isso, oferecemos oportunidades que ampliam as possibilidades das pessoas irem ao encontro de sua vocação e incentiva ações de mobilização social.
IPÊ / Moore Foundation: Desenvolver e disseminar modelos inovadores de conservação da biodiversidade que promovam benefícios socioeconômicos por meio de ciência, educação e negócios sustentáveis são os nossos objetivos.
Moore Foundation / IPÊ: Desenvolver e disseminar modelos inovadores de conservação da biodiversidade que promovam benefícios socioeconômicos por meio de ciência, educação e negócios sustentáveis são os objetivos da MOORE.
Fundo Amazônia: Tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal.
Fundo Vale: Uuma equipe descentralizada e dinâmica de empreendedores sociais e planejadores regionais que trabalham para dinamizar o ecossistema de negócios sustentáveis no Brasil, especialmente na Amazônia.
Fundação Certi: Organização de pesquisa, desenvolvimento e serviços tecnológicos especializados que promove soluções inovadoras para a iniciativa privada, governo e terceiro setor.
Cooperação Alemã / GIZ: Atua com foco nas energias renováveis e na eficiência energética, bem como na proteção e no uso sustentável das florestas tropicais. Temas como o desenvolvimento urbano sustentável, oportunidades de financiamento para investimentos em prol do clima e implantação de programas regionais e globais também fazem parte da sua linha de atuação.
Cooperação Alemã / GIZ: Atua com foco nas energias renováveis e na eficiência energética, bem como na proteção e no uso sustentável das florestas tropicais. Temas como o desenvolvimento urbano sustentável, oportunidades de financiamento para investimentos em prol do clima e implantação de programas regionais e globais também fazem parte da sua linha de atuação.
CLUA: Se constrói com base em estratégias como criar uma resposta global às mudanças climáticas, que só será bem-sucedida com reduções significativas do desmatamento e da degradação florestal, além do ape erfeiçoamento das práticas agrícolas.
UNICAFES: Representa nacionalmente as cooperativas de agricultores e agricultoras familiares, visando o desenvolvimento sustentável nas ações de apoio para os associados.
APACO: Visa estimular e assessorar o desenvolvimento da agricultura de grupo na região Oeste de Santa Catarina.
Central da Caatinga: Reúne cooperativas e grupos que trabalham com produtos do extrativismo sustentável da caatinga, uma proposta de convivência com o semiárido.
Central do Cerrado: Funciona como uma ponte entre produtores comunitários e consumidores, com o fornecimento de produtos para restaurantes, empórios e pequenos mercados, além de atender a eventos e realizar vendas pela internet.
Confrem: Promove o contato entre as 22 reservas extrativistas espalhadas pelo país e tem como missão desenvolver, articular e implementar estratégias visando o reconhecimento e a garantia de meios de vida e produção sustentável nos territórios extrativistas tradicionais costeiros e marinhos.
CNS: Sua grande estratégia para garantir o modo de vida e seu meio de procução é pela criação de territórios de uso comum.
Contag: Reúne 27 federações, milhares de sindicatos e luta por milhões de homens e mulheres do campo e da floresta, de agricultores familiares a quilombolas e pescadores artesanais.
COOMAFITT: Busca promover o desenvolvimento socioeconômico de mais de 200 famílias de agricultores de cidades do Rio Grande do Sul por meio do comércio justo de alimentos de qualidade com respeito às pessoas e ao meio ambiente.
Ecoa: Busca estabelecer um espaço de reflexão, debates, formulações e também desenvolver projetos e políticas públicas para a conservação ambiental e a sustentabilidade, tanto no meio rural como no urbano.
Entrenós: Dedicada a desenvolver e gerir iniciativas para o bem-comum, atua com governos, empresas e organizações da sociedade civil para garantir a otimização de recursos e o alto impacto social.
IABS: Fomenta atividades que contribuam para o bem estar social, o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades.
ICMBio: Tem como missão proteger o patrimônio natural brasileiro e promover o desenvolvimento socioambiental.
ICV: Consiste em construir soluções compartilhadas de sustentabilidade para o uso da terra e dos recursos naturais.
IDESAM: Promove a valorização e o uso sustentável de recursos naturais na Amazônia como alternativa para a conservação ambiental, o desenvolvimento social e a mitigação das mudanças climáticas.
IDESC: Desenvolve estudos, pesquisas e projetos para promover a qualidade de vida no local, visando o desenvolvimento sustentável.
IEB: Promove a interação e intercâmbio entre organizações da sociedade civil, associações comunitárias, instâncias de governo e do setor privado, incorporando os saberes de parceiros, das diferentes culturas e do conhecimento tradicional e popular em sua atuação.
Imaflora: Trabalha para promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e para gerar benefícios sociais nos setores florestal e agropecuário.
Imazon: Tem a missão de promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio de estudos, apoio à formulação de políticas públicas, disseminação ampla de informações e formação profissional.
Instituto Peabiru: Busca facilitar processos de fortalecimento da organização social e da valorização da sociobiodiversidade, especialmente para que as populações extrativistas e os agricultores familiares da Amazônia sejam protagonistas de sua realidade.
Instituto Socioambiental: atua regional e nacionalmente para defender povos indígenas, comunidades tradicionais, direitos humanos e patrimônio cultural, valorizando a diversidade socioambiental do Brasil.
IPAM: Tem como propósito consolidar, até 2035, o modelo de desenvolvimento tropical da Amazônia, por meio da produção de conhecimento, implementação de iniciativas locais e influência em políticas públicas, de forma a impactar o desenvolvimento econômico, a igualdade social e a preservação do meio ambiente.
ISPN: Busca valorizar e fortalecer iniciativas no campo técnico e político que aliam conservação do meio ambiente, uso sustentável da biodiversidade e geração de renda no meio rural, com respeito e protagonismo dos agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais.
Pacto das Águas: Atua na construção de alternativas de geração de renda mais sustentáveis e na gestão ambiental em Terras Indígenas e Reservas Extrativistas, tendo como principal estratégia a estruturação das cadeias de produtos da sociobiodiversidade, sendo a da castanha do Brasil uma cadeia produtiva estruturante.
Sentinelas da Floresta: Sua proposta é unir quatro povos indígenas, quatro associações e uma cooperativa com o objetivo de valorizar o potencial da comercialização dos produtos do extrativismo e da agricultura familiar.
Respondemos aqui algumas dúvidas.
Caso não encontre as respostas que procura, entre em contato e responderemos assim que possível.
O formulário online permanece aberto para organizações que desejam fazer parte da rede do Desafio Conexsus. Participe!
Desde maio de 2018, o Desafio Conexsus realiza o mapeamento de negócios comunitários sustentáveis em todo o Brasil. Durante os três primeiros meses, foi realizado um esforço de busca ativa e intensiva dessas organizações, com a mobilização de diversos parceiros. Por isso, o cadastro para participação das oficinas regionais realizadas em 2018 foi encerrado em julho de 2018.
Além de criar uma base de dados qualificada e atualizada para oferecer uma visão panorâmica dos negócios comunitários brasileiros, o objetivo do mapeamento é também servir de base para um portfólio de negócios com potencial para receber investimento de impacto social e ambiental.
Portanto, o cadastro é importante não só para complementar esse retrato das organizações comunitárias brasileiras, como também como possibilidade de participar da Rede Desafio Conexsus – onde serão compartilhadas oportunidades, conteúdos e possibilidades de cooperação futuras entre empreendimentos e parceiros.
As informações básicas sobre a organização inscrita ficarão disponíveis no mapa online do Desafio. No canto superior esquerdo existe a opção de busca pelo nome da organização.
Organizações e negócios comunitários em todo o Brasil, como associações e cooperativas, que atuam nas cadeias produtivas de:
Chamamos essas organizações de negócios comunitários sustentáveis, porque contribuem para a preservação do meio ambiente e da sociobiodiversidade com o uso sustentável do solo e dos recursos naturais, com a preservação e recuperação das florestas e a valorização dos ativos socioambientais. São cooperativas, associações de produtores, negócios sociais e outras formas associativas de organização comercial que geram trabalho e renda para as comunidades.
São cooperativas, associações de produtores, negócios sociais e outras formas associativas de organização comercial que geram trabalho e renda para as comunidades. Atuam em cadeias produtivas como as de alimentação saudável e sustentável, agrofloresta, sociobiodiversidade e extrativismo, pesca artesanal sustentável, manejo florestal comunitário e turismo de base comunitária.
Os negócios comunitários sustentáveis contribuem para a preservação do meio ambiente e da sociobiodiversidade com o uso sustentável do solo e dos recursos naturais, com a preservação e recuperação das florestas e a valorização dos ativos socioambientais.
A Conexsus - Instituto Conexões Sustentáveis, que é uma organização sem fins lucrativos (Oscip) que visa acelerar a transição para a economia de baixo carbono e fortalecer a resiliência territorial, a partir do desenvolvimento de negócios sustentáveis no Brasil e em países prioritários da agenda climática global. A Conexsus trabalha com o desenvolvimento de um sistema de financiamento híbrido para cadeias produtivas resilientes e a estruturação de modelos produtivos de baixo carbono, baseados em comunidades e no engajamento de múltiplos atores da sociedade civil, setor privado, academia e governos.
A Conexsus tem atualmente escritórios em Belém (PA), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e associados nos EUA e na Europa.
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